sexta-feira, 15 de outubro de 2010

O FIM DO FUTEBOL

IR AO ESTÁDIO PARA VER UMA PARTIDA
ERA FESTA, DESEJO E ALEGRIA,
ERA DRIBLE, ERA ARTE E SE OUVIA
O SONORO GRITAR DE UMA TORCIDA.
HOJE VER-SE UMA MASSA EMBRAVECIDA
SEM VER JOGO, MAS VENDO JOGATINA
E SEU SONHO JOGADO NA LATRINA
DO ATAQUE OU DAS MÃOS DE UM GOLEIRO
A PELOTA É A BOLA DO DINHEIRO
DE UM MERCADO DE ALMA ASSASSINA.

A PAIXÃO NACIONAL DO FUTEBOL
ESTÁ NO PEITO E COÇA NA GARGANTA
DA TORCIDA TRATADA COMO ANTA
BEM ATENTA IGUALMENTE UM GIRA-SOL,
MAS O OURO QUE QUEIMA NO CRISOL
É MAIS FORTE, IGNORA ESTA PAIXÃO.
E QUEM JOGA NÃO TEM ESTA NOÇÃO
E A NAÇÃO PARA ELE É O DINHEIRO
E A TORCIDA ESTÁ NO PICADEIRO
O MERCADO É QUEM DITA ESTA EMOÇÃO.

EM NOVENTA MINUTOS DE PARTIDA
A METADE, NO MINIMO É PANCADA.
DAR-SE COICE, EMPURRÕES. É SÓ PORRADA.
É JOGO DA CIFRA, VIL SEM VIDA.
E A ARTE SE TORNA DILUIDA
NA GANÂNCIA DA FORÇA DO TER MAIS
E O MERCADO VIBRANTE POR DETRÁS
VENDE A ARTE E COMPRA A FORÇA BRUTA
POIS É ELE QUEM GANHA NA DISPUTA
COMO ANTES O JOGO NÃO É MAIS.

O VALOR DA EQUIPE É OFUSCADO
NO RRILHO DE ESTRELA SINTILANTE
VINTE E UM, NESTE CASO É RESTANTE.
O COLETIVO É DESCLASSIFICADO
NÃO SE VENDE A EQUIPE NO ATACADO
CADA UM É VENDIDO IGUAL CORCEL
E O FUTEBOL PEGOU O CARROCEL
DA MOEDA SEM PÁTRIA E SEM ATLETA
E QUEM AMA O ESPORTE SE ARRETA
COMO OS POVOS DO MORRO BOREL

VENDAM SONHOS, DESEJOS, EMOÇÕES
QUAL GARRINCHA VENDIA AS PLATÉIAS
DOS RICAÇOS ATÉ AS MAIS PLEBÉIAS
PARA O MUNDO EM TODAS AS NAÇÕES
RASGUEM PASSES, CONSTRUAM INVENÇÕES,
TROQUEM IRA, BRAVEZA E REBELDIA
NA ESPERANÇA DO SOL DO NOVO DIA
DA CRIANÇA, ADULTO EM CONSTRUÇÃO,
DEIXE A BOLA ROLAR POR ESTE CHÃO
E NA REDE SER GRITO DE EUFORIA.

(Autor: Dino)Natural de São José do Egito _ PE
15/09/2010