Sou um vaqueiro apaixonado
Por alguém que não me quer
Meu coração dilaçerado
Ainda sofre por essa mulher
Essa vida tão infeliz
Foi o que eu nunca quiz
Mas seja o Que Deus quizer
Lucimario Almeida
quinta-feira, 30 de junho de 2011
terça-feira, 28 de junho de 2011
Conversando com meu pai
Na quietude d'aquela noite densa,
reclamei numa saudade a presença
do meu Pai, que há muito já morreu!...
Sorumbático e só, fiquei na sala,
sem ouvir de ninguém uma só fala:
todos dormiam entregues a Morfeu.
Continuei sozinho da vigília,
contemplando a placidez da mobília,
num silêncio quase que perfeito;
quebrando apenas com o gemer da rede,
as pancadas do relógio na parede
e o pulsar do coração dentro do peito.
De repente, coberta com um véu,
uma nuvem nascia lá do céu,
na sala onde eu estava, caí...
era algo de espanto realmente
dissipa-se a nuvem lentamente
e vai surgindo a imagem do meu pai.
Boa noite, meu filho! E se assusta?
Tenha mais um pouco de calma, porque custa
novamente voltar por este trilho:
Eu rompi os umbrais da eternidade
para, em braços de amor e de saudade,
conversar com você, filho querido!...
Tenho assistido todos os seus passos,
suas lutas, vitórias e fracassos,
em ânsias que não posso mais contê-las:
eu lhe assisto, meu filho, todo dia,
em suas vitórias choro de alegria
e as lágrimas transformam-se em estrelas.
Tenho visto também seus sofrimentos
suas angústias, dores e tormentos
e esperanças que foram já frustradas;
tenho visto, meu filho, da eternidade,
o desencanto de sua mocidade
e o pranto de suas madrugadas.
Compreendo, também, sua tristeza
ante a ânsia que traz na alma presa
de adejar cortando monte e serra;
sua ânsia de voar, cantando notas,
misturar seu vôo ao das gaivotas,
que beijam os céus sem deixar a terra.
Mas, ao lado dos atos de grandeza,
você me causa, filho, também tristeza,
em desgosto minh'alma já flutua:
Ontem, porque não estava pronta a ceia,
prá sua mãe você fez cara feia,
bateu a porta e foi jantar na rua.
Você não soube, meu filho, e no entanto,
ela caiu prostrada em um pranto
soluçando seu íntimo desgosto.
Nunca mais, meu filho, isto faça,
pois para o filho não há maior desgraça
que em sua mãe deixar rugas no rosto.
Nunca mais a ofenda, nem de leve!...
O seu amor a ele aos céus eleve
e escute sempre, sempre o que ela diz.
Peça a Deus para durar sua existência
e, se assim fizer de consciência,
você, na vida, tem que ser feliz.
Conduza-se na vida com altivez,
fazendo da probidade, da honradez,
para você o seu forte brasão;
aprofunde-se, meu filho, no estudo,
fazendo da justiça o seu escudo,
amando o povo como ao seu irmão.
Continue no trabalho a que se entrega
sem temer obstáculo nem refrega,
pois com a vitória sempre você vai,
e se assim fizer, querido filho,
sua vida há de ser toda de brilho,
e honrará o nome de seu pai.
E nisso a nuvem comoventemente,
aos poucos se junta novamente,
envolvendo meu pai num denso véu;
e num olhar meigo e bem sereno,
dirige para mim um triste aceno
e vai de novo subindo para o céu!
E eu fiquei chorando de saudade,
alimentando aquela ansiedade,
sem poder abrandá-la. Que castigo!
Por isso nunca mais dormi. Vivo na ânsia,
esperando que meu Pai rompa a distância,
prá vir de novo conversar comigo.
reclamei numa saudade a presença
do meu Pai, que há muito já morreu!...
Sorumbático e só, fiquei na sala,
sem ouvir de ninguém uma só fala:
todos dormiam entregues a Morfeu.
Continuei sozinho da vigília,
contemplando a placidez da mobília,
num silêncio quase que perfeito;
quebrando apenas com o gemer da rede,
as pancadas do relógio na parede
e o pulsar do coração dentro do peito.
De repente, coberta com um véu,
uma nuvem nascia lá do céu,
na sala onde eu estava, caí...
era algo de espanto realmente
dissipa-se a nuvem lentamente
e vai surgindo a imagem do meu pai.
Boa noite, meu filho! E se assusta?
Tenha mais um pouco de calma, porque custa
novamente voltar por este trilho:
Eu rompi os umbrais da eternidade
para, em braços de amor e de saudade,
conversar com você, filho querido!...
Tenho assistido todos os seus passos,
suas lutas, vitórias e fracassos,
em ânsias que não posso mais contê-las:
eu lhe assisto, meu filho, todo dia,
em suas vitórias choro de alegria
e as lágrimas transformam-se em estrelas.
Tenho visto também seus sofrimentos
suas angústias, dores e tormentos
e esperanças que foram já frustradas;
tenho visto, meu filho, da eternidade,
o desencanto de sua mocidade
e o pranto de suas madrugadas.
Compreendo, também, sua tristeza
ante a ânsia que traz na alma presa
de adejar cortando monte e serra;
sua ânsia de voar, cantando notas,
misturar seu vôo ao das gaivotas,
que beijam os céus sem deixar a terra.
Mas, ao lado dos atos de grandeza,
você me causa, filho, também tristeza,
em desgosto minh'alma já flutua:
Ontem, porque não estava pronta a ceia,
prá sua mãe você fez cara feia,
bateu a porta e foi jantar na rua.
Você não soube, meu filho, e no entanto,
ela caiu prostrada em um pranto
soluçando seu íntimo desgosto.
Nunca mais, meu filho, isto faça,
pois para o filho não há maior desgraça
que em sua mãe deixar rugas no rosto.
Nunca mais a ofenda, nem de leve!...
O seu amor a ele aos céus eleve
e escute sempre, sempre o que ela diz.
Peça a Deus para durar sua existência
e, se assim fizer de consciência,
você, na vida, tem que ser feliz.
Conduza-se na vida com altivez,
fazendo da probidade, da honradez,
para você o seu forte brasão;
aprofunde-se, meu filho, no estudo,
fazendo da justiça o seu escudo,
amando o povo como ao seu irmão.
Continue no trabalho a que se entrega
sem temer obstáculo nem refrega,
pois com a vitória sempre você vai,
e se assim fizer, querido filho,
sua vida há de ser toda de brilho,
e honrará o nome de seu pai.
E nisso a nuvem comoventemente,
aos poucos se junta novamente,
envolvendo meu pai num denso véu;
e num olhar meigo e bem sereno,
dirige para mim um triste aceno
e vai de novo subindo para o céu!
E eu fiquei chorando de saudade,
alimentando aquela ansiedade,
sem poder abrandá-la. Que castigo!
Por isso nunca mais dormi. Vivo na ânsia,
esperando que meu Pai rompa a distância,
prá vir de novo conversar comigo.
Você pode pedir pra eu me afastar,só não pode obrigar-me a lhe esquecer.
NC
Você pode habitar em outro ninho
e visitar ambientes que eu não vou
trabalhar, viajar, assistir show
sem que eu seja uma sombra em seu caminho
se negar a aceitar o meu carinho
não sentir mais saudade de viver
só não pode, é no íntimo do meu ser
passar uma borracha e lhe apagar
Você pode pedir pra eu me afastar,
só não pode obrigar-me a lhe esquecer.
RN
Só restaram no amor que foi desfeito
os melhores momentos dessa história
as lembranças no vídeo da memória
e as promessas no cofre do meu peito
aceitar que perdi eu não aceito
mas estou consciente de não ter
nunca mais o direito de poder
pelo menos na boca lhe beijar.
Você pode pedir pra eu me afastar,
só não pode obrigar-me a lhe esquecer.
NC
Você tem o direito de exigir
que eu me afaste de vez da sua vida
que não tem mais a falta da dormida
que não tem mais lembrança de sair
mas você nem ninguém pode impedir
que eu escute isso tudo sem sofrer
e se tiver gargalhando pode crer
que por dentro eu não paro de chorar.
Você pode pedir pra eu me afastar,
só não pode obrigar-me a lhe esquecer.
RN
Porque sua beleza não é pouca
não existe uma réplica no seu clone
e sua voz de CD. no telefone
inda deixa minha alma quase louca
outro homem beijar a sua boca
e num abraço apertado lhe prender
se eu chegar a ver isso e não morrer
pelo menos em coma eu vou ficar
Você pode pedir pra eu me afastar,
só não pode obrigar-me a lhe esquecer.
NC
Por mais vezes que eu lute, force ou tente
e me recuse escutar certos boatos
é inútil eu rasgar os seus retratos
se você está inteira em minha mente
já liguei pro trabalho, estava ausente
e onde estava, negaram a me dizer
tu de casa não quer mais me entender
mas estou rastreando o celular.
Você pode pedir pra eu me afastar,
só não pode obrigar-me a lhe esquecer.
RN
Fiz diversas consultas no INCOR
pra saber o que eu tinha de verdade
o eletro acusou que era saudade
se você não voltar fica pior
vou mandar escrever num outdoor
uma declaração pra você ler
tenho tanta paixão que pra caber
só se o meu coração virasse um mar.
Você pode pedir pra eu me afastar,
só não pode obrigar-me a lhe esquecer.
NC
Cegamente adorá-la foi meu crime
nem por isso eu estou arrependido
você pode dizer que tem marido
que tem filho e não quer que eu me aproxime
não existe outra pele mais sublime
outro cheiro melhor não pode haver
seu amor não é coisa de comer
mas eu fico sem fome se provar.
Você pode pedir pra eu me afastar,
só não pode obrigar-me a lhe esquecer.
RN
Inda tenho comigo o seu cartão
telefone, endereço, carta e foto
lhe dei todo meu tempo e hoje noto
que não tenho um minuto de atenção
mergulhado no caos da solidão
sem nenhuma notícia receber
prometi pra mim mesmo não querer
nunca mais por ninguém me apaixonar
Você pode pedir pra eu me afastar,
só não pode obrigar-me a lhe esquecer.
NC
Pela sua vontade esse episódio
não merece atenção nem comentário
quer que eu rasgue os segredos no diário
no lugar do amor semeio o ódio
pra ver outro apossar-se do meu pódio
eu desci sem vontade de descer
e vou guardar de hoje em diante sem poder
esse amor com vontade de gritar.
Você pode pedir pra eu me afastar,
só não pode obrigar-me a lhe esquecer.
RN
Sua mãe aceitou o caso aberto
e o seu pai companheiro não foi êmulo
se escutar sua voz eu fico trêmulo
e imagino você chegando perto
tudo o quanto eu fiz foi pra dar certo
fiz a minha promessa pra valer
é um tempo perdido prometer
quando o outro não quer acreditar.
Você pode pedir pra eu me afastar,
só não pode obrigar-me a lhe esquecer.
Raimundo Nonato e Nonato Costa
Você pode habitar em outro ninho
e visitar ambientes que eu não vou
trabalhar, viajar, assistir show
sem que eu seja uma sombra em seu caminho
se negar a aceitar o meu carinho
não sentir mais saudade de viver
só não pode, é no íntimo do meu ser
passar uma borracha e lhe apagar
Você pode pedir pra eu me afastar,
só não pode obrigar-me a lhe esquecer.
RN
Só restaram no amor que foi desfeito
os melhores momentos dessa história
as lembranças no vídeo da memória
e as promessas no cofre do meu peito
aceitar que perdi eu não aceito
mas estou consciente de não ter
nunca mais o direito de poder
pelo menos na boca lhe beijar.
Você pode pedir pra eu me afastar,
só não pode obrigar-me a lhe esquecer.
NC
Você tem o direito de exigir
que eu me afaste de vez da sua vida
que não tem mais a falta da dormida
que não tem mais lembrança de sair
mas você nem ninguém pode impedir
que eu escute isso tudo sem sofrer
e se tiver gargalhando pode crer
que por dentro eu não paro de chorar.
Você pode pedir pra eu me afastar,
só não pode obrigar-me a lhe esquecer.
RN
Porque sua beleza não é pouca
não existe uma réplica no seu clone
e sua voz de CD. no telefone
inda deixa minha alma quase louca
outro homem beijar a sua boca
e num abraço apertado lhe prender
se eu chegar a ver isso e não morrer
pelo menos em coma eu vou ficar
Você pode pedir pra eu me afastar,
só não pode obrigar-me a lhe esquecer.
NC
Por mais vezes que eu lute, force ou tente
e me recuse escutar certos boatos
é inútil eu rasgar os seus retratos
se você está inteira em minha mente
já liguei pro trabalho, estava ausente
e onde estava, negaram a me dizer
tu de casa não quer mais me entender
mas estou rastreando o celular.
Você pode pedir pra eu me afastar,
só não pode obrigar-me a lhe esquecer.
RN
Fiz diversas consultas no INCOR
pra saber o que eu tinha de verdade
o eletro acusou que era saudade
se você não voltar fica pior
vou mandar escrever num outdoor
uma declaração pra você ler
tenho tanta paixão que pra caber
só se o meu coração virasse um mar.
Você pode pedir pra eu me afastar,
só não pode obrigar-me a lhe esquecer.
NC
Cegamente adorá-la foi meu crime
nem por isso eu estou arrependido
você pode dizer que tem marido
que tem filho e não quer que eu me aproxime
não existe outra pele mais sublime
outro cheiro melhor não pode haver
seu amor não é coisa de comer
mas eu fico sem fome se provar.
Você pode pedir pra eu me afastar,
só não pode obrigar-me a lhe esquecer.
RN
Inda tenho comigo o seu cartão
telefone, endereço, carta e foto
lhe dei todo meu tempo e hoje noto
que não tenho um minuto de atenção
mergulhado no caos da solidão
sem nenhuma notícia receber
prometi pra mim mesmo não querer
nunca mais por ninguém me apaixonar
Você pode pedir pra eu me afastar,
só não pode obrigar-me a lhe esquecer.
NC
Pela sua vontade esse episódio
não merece atenção nem comentário
quer que eu rasgue os segredos no diário
no lugar do amor semeio o ódio
pra ver outro apossar-se do meu pódio
eu desci sem vontade de descer
e vou guardar de hoje em diante sem poder
esse amor com vontade de gritar.
Você pode pedir pra eu me afastar,
só não pode obrigar-me a lhe esquecer.
RN
Sua mãe aceitou o caso aberto
e o seu pai companheiro não foi êmulo
se escutar sua voz eu fico trêmulo
e imagino você chegando perto
tudo o quanto eu fiz foi pra dar certo
fiz a minha promessa pra valer
é um tempo perdido prometer
quando o outro não quer acreditar.
Você pode pedir pra eu me afastar,
só não pode obrigar-me a lhe esquecer.
Raimundo Nonato e Nonato Costa
UM CASAMENTO MATUTO EM CORDEL
Por arte das trevalia
Um dia eu tava quentão
Saí mei dirleriado
Andano pelo sertão
Atrai de dançar um xote
Findei foi enchendo o pote
Lá no bar de Zé Rumão.
Dispois q’ueu tava melado
Muntei na minha jumenta
Catuquei nas anca dela
E fui no rumo da venta
A burra disimbestou
E a danada só Parou
Na porta da véia Benta.
Ainda in riba da burra
Sinti chero de panela
De bode, carne, canjica…,
De galinha cabidela…
Pensei q’ueu tava num sonho
Quand’eu vi um Santo Atonho
Pulas brecha da janela.
Foi antão q’ueu m’alembrei
Que naquela sexta fêra
Era o dia do casóro
De Zabé cum Zé Tonhera,
E que no meu vai e vem
Cheguei no Sítio Xerém.
Conheci pela portera.
Seu Zé Tenoro me viu
E mandou eu dermuntá…,
Puxou logo uma cadera
E dixe: -venha pra cá!
Cumê galinha torrada
Beber ceuveja gelada
Tumá cana e proseá!
Um cunvite cumaquele
Era tudo q’ueu quiria!
Era quinem se um pobe
Tirasse na loteria.
Galinha, bode e cachaça!
Inda mais tudo de graça!
-Pra mim foi meu grande dia.
Era noite de San’João,
De forró, milho e fuguêra
E o povo das redondeza
Abriro suas portera
E fôro tudo in jumento
Pra assistir o casamento
De Zabé cum Zé Tonhera.
Entonce o juiz de paz
Moço decente e honrado
Anunciou o casóro
E disse uns palavriado
Que era chei de doutorixe.
Mais ô meno o que ele dixe
Vou fazer um apurado:
“_Estamo aqui riunido
Pra mode fazer o casóro
Do fíi de Ontõe Conrado
C’a fia de Zé Tenóro
E pro ser gente de bem
Vai ser no Sitio Xerém
Invês de ser no cartóro.”
Virou-se pra Zé Tonhera
E foi preguntano a Zé:
-Quá sua naturalidade
Zé respondeu: -Cuma é?
Zé Tenoro se meteu,
E dixe: _Onde tu nasceu,
Cabeça de Batoré!
Zé dixe: Ara que pregunta,
Dessa assim ninguém merece.
Eu nasci na minha casa
Lá donde o riacho desce
Se tiver mais dessa mande
-Eu sou do Sítio Pau Grande,
Todo mundo me cunhece!
O Juiz de Paz virou-se
C’aquele jeito sereno,
Oiô nos zói de Zabé
Rabiscou e foi dizeno:
Donde a sinhora nasceu?
Aí Zabé respondeu:
-Lá no Buraco Pequeno.
O juiz se espremeu
E cumeçô a surrí
E dixe: _Diga de novo,
_Se adisponha a ripití.
Zefa dixe em tom ameno:
_Sítio Buraco Pequeno
É lá adonde eu nasci!
Zé Tenóro deu um grito:
_Deixe de pregunta e ande!
E o juiz dixe: Eu num caso
Nem que o dregolado mande,
Essa noiva ta dizeno
Que é do Buraco Pequeno,
Mas o noivo é do Pau Grande.
Desse jeito num dá certo
Escute bem meu apelo
Se o sujeito é do Pau Grande
Vai ser grande o pesadelo
Naquele bota num bota
Se ele botá descangota,
-Veja só que dermantelo!
Zabé cumeçô chorá
Melano a cara todinha…
O véi tirou a pexera,
Desembalou da bainha,
E gritou para o sujeito:
O sinhô tenha respeito
Que Zabé é fia minha.
Zabé foi limpar os zóio,
Sortô a mão de Tonhera.
Que aproveitou que Zabé
Estava inchugano as bera
Dos óio cas duas mão,
Se afastou da murtidão
E disparou na carrera.
Zé Tenoro nessinstante
Esqueceu-se do Juiz
E gritou: Fíi duma égua…,
Fio duma miritriz…,
Daqui você sai casado
Ou então vai ser capado
Pulo tronco da raiz.
E saiu a murtidão
Correno atrás de Tonhera
Uns cum pau, Ôtos cum peda
Ôtos cum faca pexera
Numa grande rumaria,
E Tonhera escapulia
Pro dento das quebradera.
Quano agarraro Tonhera
Dero umas dez chibatada
Qu’ele perdeu um sapato
E ficou cum as carça mijada
Truxero ele prum claro
Perto de Zefa ajuntaro,
E truxero a papelada.
Quando o juiz viu ca coisa
Estava ficano preta
Foi falar, mas desistiu,
Pigarreou, fez careta,
E dixe no pensamento:
Vou fazer o casamento
Antes que eu me cumprumeta.
E dixe: _Seu Zé Tonhera,
O sinhô qué se casar
Cum dona Zefa Tenoro
Pra nunca mai se apartar?
Naquele instante Tonhera
Sintiu a faca pexeira
No seu pescoço encostar.
Sentiu a ponta da faca
E lhe deu um farnizim,
Um trimilique nas perna,
Na barriga, um brubuim,
Cuma quem conta um segredo
Pulou pro riba do medo
E disbugaiou um sim.
O Juiz virou pa Zefa
E antes de cumeçar
Ela já gritou que sim,
Que quiria se casar,
Nessinstante Zé Tenoro
Dixe: Termine o Casoro
Que o povo quer forrozar.
O Juiz naquela hora
Teve um má prissintimento,
Mas resorveu preguntá
Ali naquele momento
Se lá no Sítio Xerém
Tinha pro lá um arguém
Que era contra o casamento.
Foi antão que ouviu-se a voz
De Xica de Ontõe Conrado
Que Dixe: Esse Zé Tonhera
Já é um home casado,
É casado em Goianinha
Cum Vera, uma prima minha,
Nas orde do delegado.
O Juiz dixe danou-se,
Pra quê que eu fui preguntar!
Zefa dixe: -Nesse caso
Tomém num quero casar.
Tonhera virou de lado
E dixe eu tô dispensado,
E agora vou me mandar.
E escapuliu correndo
Sem ninguém correr atrás…,
Zé Tenoro dixe a Zefa:
Por arte do satanás
Pode o céu dá um açoite,
Se tu num casa hoje a noite
Antonce num casa mais.
Zefa meio arrependida
Ficou num canto calada.
Passou a mão na barriga,
Alembrou das ecapada
Cum Zuca do veio Duda,
Lembrou que tava buchuda,
E resorveu a parada.
Afastou-se assim de lado,
Assubiu numa cadera,
E gritou: Eu era noiva
Mas num amava Tonhera.
Pra festa cuntinuar
Eu pretendo me casar
Cum quarqué um que me quera.
Eu dixe: – É cumigo mermo,
Vamo casar nessinstante.
O Juiz fez o casóro
O forró seguiu avante
E até no raiar do dia
Foi só festa e alegria
Daquele dia em diante.
Assim termina essa história
Onde eu casei por acaso
Mas que deu foi muito certo
Nunca me trouxe um atraso
Vivo no Sítio Xerém
Levando chifre também,
Mas aí, … é outro caso.
José Acaci
Um dia eu tava quentão
Saí mei dirleriado
Andano pelo sertão
Atrai de dançar um xote
Findei foi enchendo o pote
Lá no bar de Zé Rumão.
Dispois q’ueu tava melado
Muntei na minha jumenta
Catuquei nas anca dela
E fui no rumo da venta
A burra disimbestou
E a danada só Parou
Na porta da véia Benta.
Ainda in riba da burra
Sinti chero de panela
De bode, carne, canjica…,
De galinha cabidela…
Pensei q’ueu tava num sonho
Quand’eu vi um Santo Atonho
Pulas brecha da janela.
Foi antão q’ueu m’alembrei
Que naquela sexta fêra
Era o dia do casóro
De Zabé cum Zé Tonhera,
E que no meu vai e vem
Cheguei no Sítio Xerém.
Conheci pela portera.
Seu Zé Tenoro me viu
E mandou eu dermuntá…,
Puxou logo uma cadera
E dixe: -venha pra cá!
Cumê galinha torrada
Beber ceuveja gelada
Tumá cana e proseá!
Um cunvite cumaquele
Era tudo q’ueu quiria!
Era quinem se um pobe
Tirasse na loteria.
Galinha, bode e cachaça!
Inda mais tudo de graça!
-Pra mim foi meu grande dia.
Era noite de San’João,
De forró, milho e fuguêra
E o povo das redondeza
Abriro suas portera
E fôro tudo in jumento
Pra assistir o casamento
De Zabé cum Zé Tonhera.
Entonce o juiz de paz
Moço decente e honrado
Anunciou o casóro
E disse uns palavriado
Que era chei de doutorixe.
Mais ô meno o que ele dixe
Vou fazer um apurado:
“_Estamo aqui riunido
Pra mode fazer o casóro
Do fíi de Ontõe Conrado
C’a fia de Zé Tenóro
E pro ser gente de bem
Vai ser no Sitio Xerém
Invês de ser no cartóro.”
Virou-se pra Zé Tonhera
E foi preguntano a Zé:
-Quá sua naturalidade
Zé respondeu: -Cuma é?
Zé Tenoro se meteu,
E dixe: _Onde tu nasceu,
Cabeça de Batoré!
Zé dixe: Ara que pregunta,
Dessa assim ninguém merece.
Eu nasci na minha casa
Lá donde o riacho desce
Se tiver mais dessa mande
-Eu sou do Sítio Pau Grande,
Todo mundo me cunhece!
O Juiz de Paz virou-se
C’aquele jeito sereno,
Oiô nos zói de Zabé
Rabiscou e foi dizeno:
Donde a sinhora nasceu?
Aí Zabé respondeu:
-Lá no Buraco Pequeno.
O juiz se espremeu
E cumeçô a surrí
E dixe: _Diga de novo,
_Se adisponha a ripití.
Zefa dixe em tom ameno:
_Sítio Buraco Pequeno
É lá adonde eu nasci!
Zé Tenóro deu um grito:
_Deixe de pregunta e ande!
E o juiz dixe: Eu num caso
Nem que o dregolado mande,
Essa noiva ta dizeno
Que é do Buraco Pequeno,
Mas o noivo é do Pau Grande.
Desse jeito num dá certo
Escute bem meu apelo
Se o sujeito é do Pau Grande
Vai ser grande o pesadelo
Naquele bota num bota
Se ele botá descangota,
-Veja só que dermantelo!
Zabé cumeçô chorá
Melano a cara todinha…
O véi tirou a pexera,
Desembalou da bainha,
E gritou para o sujeito:
O sinhô tenha respeito
Que Zabé é fia minha.
Zabé foi limpar os zóio,
Sortô a mão de Tonhera.
Que aproveitou que Zabé
Estava inchugano as bera
Dos óio cas duas mão,
Se afastou da murtidão
E disparou na carrera.
Zé Tenoro nessinstante
Esqueceu-se do Juiz
E gritou: Fíi duma égua…,
Fio duma miritriz…,
Daqui você sai casado
Ou então vai ser capado
Pulo tronco da raiz.
E saiu a murtidão
Correno atrás de Tonhera
Uns cum pau, Ôtos cum peda
Ôtos cum faca pexera
Numa grande rumaria,
E Tonhera escapulia
Pro dento das quebradera.
Quano agarraro Tonhera
Dero umas dez chibatada
Qu’ele perdeu um sapato
E ficou cum as carça mijada
Truxero ele prum claro
Perto de Zefa ajuntaro,
E truxero a papelada.
Quando o juiz viu ca coisa
Estava ficano preta
Foi falar, mas desistiu,
Pigarreou, fez careta,
E dixe no pensamento:
Vou fazer o casamento
Antes que eu me cumprumeta.
E dixe: _Seu Zé Tonhera,
O sinhô qué se casar
Cum dona Zefa Tenoro
Pra nunca mai se apartar?
Naquele instante Tonhera
Sintiu a faca pexeira
No seu pescoço encostar.
Sentiu a ponta da faca
E lhe deu um farnizim,
Um trimilique nas perna,
Na barriga, um brubuim,
Cuma quem conta um segredo
Pulou pro riba do medo
E disbugaiou um sim.
O Juiz virou pa Zefa
E antes de cumeçar
Ela já gritou que sim,
Que quiria se casar,
Nessinstante Zé Tenoro
Dixe: Termine o Casoro
Que o povo quer forrozar.
O Juiz naquela hora
Teve um má prissintimento,
Mas resorveu preguntá
Ali naquele momento
Se lá no Sítio Xerém
Tinha pro lá um arguém
Que era contra o casamento.
Foi antão que ouviu-se a voz
De Xica de Ontõe Conrado
Que Dixe: Esse Zé Tonhera
Já é um home casado,
É casado em Goianinha
Cum Vera, uma prima minha,
Nas orde do delegado.
O Juiz dixe danou-se,
Pra quê que eu fui preguntar!
Zefa dixe: -Nesse caso
Tomém num quero casar.
Tonhera virou de lado
E dixe eu tô dispensado,
E agora vou me mandar.
E escapuliu correndo
Sem ninguém correr atrás…,
Zé Tenoro dixe a Zefa:
Por arte do satanás
Pode o céu dá um açoite,
Se tu num casa hoje a noite
Antonce num casa mais.
Zefa meio arrependida
Ficou num canto calada.
Passou a mão na barriga,
Alembrou das ecapada
Cum Zuca do veio Duda,
Lembrou que tava buchuda,
E resorveu a parada.
Afastou-se assim de lado,
Assubiu numa cadera,
E gritou: Eu era noiva
Mas num amava Tonhera.
Pra festa cuntinuar
Eu pretendo me casar
Cum quarqué um que me quera.
Eu dixe: – É cumigo mermo,
Vamo casar nessinstante.
O Juiz fez o casóro
O forró seguiu avante
E até no raiar do dia
Foi só festa e alegria
Daquele dia em diante.
Assim termina essa história
Onde eu casei por acaso
Mas que deu foi muito certo
Nunca me trouxe um atraso
Vivo no Sítio Xerém
Levando chifre também,
Mas aí, … é outro caso.
José Acaci
O Poeta Gonga Monteiro Lança Livro
Poeta Gonga Monteiro faz lançamento de seu livro no dia 30 de Junho em Afogados da Ingazeira na casa de taipa- centro desportivo ás 19 horas. Na ocasião haverá recital de Poesias. Você que é amante da poesia esta convidado a prestigiar
terça-feira, 7 de junho de 2011
Pinto do Monteiro e João Furiba
João Furiba foi fazer uma visita ao poeta Pinto do Monteiro.
Pinto já se encontrava doente e sem enxergar quando Furiba chegou na porta de sua casa e, saudando o poeta, disse:
“Há tempo em que eu não vinha
nesta santa moradia
visitar o velho Pinto
Me traz tanta alegria
Que é mesmo que ter tirado
O bolão da loteria”
Pinto com muito bom humor, disse:
“Eu não imaginaria
que você chegasse agora
Com essa sua presença
Obtive uma melhora
Quer ver eu ficar bom mesmo
É quando você for embora”
Pinto já se encontrava doente e sem enxergar quando Furiba chegou na porta de sua casa e, saudando o poeta, disse:
“Há tempo em que eu não vinha
nesta santa moradia
visitar o velho Pinto
Me traz tanta alegria
Que é mesmo que ter tirado
O bolão da loteria”
Pinto com muito bom humor, disse:
“Eu não imaginaria
que você chegasse agora
Com essa sua presença
Obtive uma melhora
Quer ver eu ficar bom mesmo
É quando você for embora”
No interior se fala assim
Há diferenciação
Porque cada região
Tem seu jeito de falar
O Nordeste é excelente
Tem um jeito diferente
Que a outro não se iguala
Alguém chato é Abusado
Se quebrou, Tá Enguiçado
É assim que a gente fala
Uma ferida é Pereba
Homem alto é Galalau
Ou então é Varapau
E coisa ruim é Peba
Cisco no olho é Argueiro
O sovina é Pirangueiro
Enguiçar é Dar o Prego
Fofoca aqui é Fuxico
Desistir é Pedir Penico
Lugar longe é Caxaprego
Ladainha é Lengalenga
E um estouro é Pipoco
Qualquer botão é Pitoco
E confusão é Arenga
Fantasma é Alma Penada
Uma conversa fiada
Por aqui é Leriado
Palavrão é Nome Feio
Agonia é Aperreio
E metido é Amostrado
O nosso palavreado
Não se pode ignorar
Pois ele é peculiar
É bonito, é Arretado
E é nosso dialeto
Sendo assim, está correto
Dizer que esperma é Gala
É feio pra muita gente
Mas não é incoerente
É assim que a gente fala
Você pode estranhar
Mas ele não tem defeito
Aqui bala é Confeito
Rir de alguém é Mangar
Mexer em algo é Bulir
Paquerar é Se Inxirir
E correr é Dar Carreira
Qualquer coisa torta é Troncha
Marca de pancada é Roncha
E a caxumba é Papeira
Longe é o Fim do Mundo
E garganta aqui é Goela
Veja que a língua é bela
E nessa língua eu vou fundo
Tentar muito é Pelejar
Apertar é Acochar
Homem rico é Estribado
Se for muito parecido
Diz-se Cagado e Cuspido
E uma fofoca é Babado
Desconfiado é Cabreiro
Travessura é Presepada
Uma cuspida é Goipada
Frente de casa é Terreiro
Dar volta é Arrudiar
Confessar, Desembuchar
Quem trai alguém, Apunhala
Distraído é Aluado
Quem está mal, Tá Lascado
É assim que a gente fala
Aqui valer é Vogar
E quem não paga é Xexeiro
Quem dá furo é Fuleiro
E parir é Descansar
Um rastro é Pisunhada
A buchuda é Amojada
E pão-duro é Amarrado
Verme no bucho é Lombriga
Com raiva Tá Com a Bixiga
E com medo é Acuado
Tocar em algo é Triscar
O último é Derradeiro
E para trocar dinheiro
Nós falamos Destrocar
Tudo que é bom é Massa
O Policial é Praça
Pessoa esperta é Danada
Vitamina dá Sustança
A barriga aqui é Pança
E porrada é Cipoada
Alguém sortudo é Cagado
Capotagem é Cangapé
O mendigo é Esmolé
Quem tem pressa é Avexado
A sandália é Percata
Uma correia, Arriata
Sem ter filho é Gala Rala
O cascudo é Cocorote
E o folgado é Folote
É assim que a gente fala
Perdeu a cor é Bufento
Se alguém dá liberdade
Pra entrar na intimidade
Dizemos Dar Cabimento
Varrer aqui é Barrer
Se a calcinha aparecer
Mostra a Polpa da Bunda
Mulher feia é Canhão
Neco é pra negação
Nas costas, é na Cacunda
Palhaçada é Marmota
Tá doido é Tá Variando
Mas a gente conversando
Fala assim e nem nota
Cabra chato é Cabuloso
Insistente é Pegajoso
Remédio aqui é Meisinha
Chateado é Emburrado
E quando tá Invocado
Dizemos Tá Com a Murrinha
Não concordo, é Pois Sim
Tô às ordens é Pois Não
Beco ao lado é Oitão
A corrente é Trancilim
Ou Volta, sem o pingente
Uma surpresa é, Oxente!
Quem abre o olho Arregala
Vou Chegando, é pra sair
Torcer o pé, Desmintir
É assim que a gente fala
A cachaça é Meropéia
Tá triste é Acabrunhado
O bobo é Apombalhado
Sem qualidade é Borréia
A árvore é Pé de Pau
Caprichar é Dar o Grau
Mercado é Venda ou Bodega
Quem olha tá Espiando
Ou então, Tá Curiando
E quem namora Chumbrega
Coceira na pele é Xanha
E molho de carne é Graxa
Uma pelada é um Racha
Onde se perde ou se ganha
Defecar se chama Obrar
Ou simplesmente Cagar
Sem juízo é Abilolado
Ou tem o Miolo Mole
Sanfona também é Fole
E com raiva é Infezado
Estilingue é Balieira
Uma prostituta é Quenga
Cabra medroso é Molenga
Um baba ovo é Chaleira
Opinar é Dar Pitaco
Axila é Suvaco
E cabra ruim é Mala
Atrás da nuca é Cangote
Adolescente é Frangote
É assim que a gente fala
Lugar longe aqui é Brenha
Conversa besta, Arisia
Venha, ande, é Avia
Fofoca é também Resenha
O dado aqui é Bozó
Um grande amor é Xodó
Demorar muito é Custar
De pernas tortas é Zambeta
Morre, Bate a Caçuleta
Ficar cheirando é Fungar
A clavícula aqui é Pá
Um mal-estar é Gastura
Um vento bom é Frescura
Ali, se diz, Acolá
Um sujeito inteligente
Muito feio ou valente
É o Cão Chupando Manga
Um companheiro é Pareia
Depende é Aí Vareia
Tic nervoso é Munganga
Colar prova é Filar
Brigar é Sair no Braço
Nosso lombo é Ispinhaço
Faltar aula é Gazear
Quem fala alto ou grita
Pra gente aqui é Gasguita
Quem faz pacote, Embala
Enrugado é Ingilhado
Com dor no corpo, Ingembrado
É assim que a gente fala
Um afago é Alisado
Um monte de gente é Ruma
Pra perguntar como, é Cuma
E bicho gordo é Cevado
A calça curta é Coronha
Um cabra leso é Pamonha
E manha aqui é Pantim
Coisa velha é Cacareco
O copo aqui é Caneco
E coisa pouca é Tiquim
Mulher desqualificada
Chamamos de Lambisgóia
Tudo que sobra, é Bóia
E muita gente é Cambada
O nariz aqui é Venta
A polenta é Quarenta
Mandar correr é Acunha
Ter um azar é Quizila
A bola de gude é Bila
Sofrer de amor, Roer Unha
Aprendi desde pivete
Que homem franzino é Xôxo
Quem é medroso é um Frouxo
E comprimido é Cachete
Sujeira em olho é Remela
Quem não tem dente é Banguela
Quem fala muito e não cala
Aqui se chama Matraca
Cheiro de suor, Inhaca
É assim que a gente fala
Pra dizer ponto final
A gente só diz: E Priu
Pra chamar é Dando Siu
Sem falar, Fica de Mal
Separar é Apartá
Desviar é Ataiá
E pra desmentir é Nego
Quem está desnorteado
Aqui se diz Ariado
E complicado é Nó Cego
Coisa fácil é Fichinha
Dose de cana é Lapada
Empurrão é Dá Peitada
E o banheiro é Casinha
Tudo pequeno é Cotoco
Vigi! Quer dizer, por pouco
Desde o tempo da senzala
Nessa terra nordestina
Seu menino, essa menina!
É assim que a gente fala.
Ismael Gaião da Costa
Porque cada região
Tem seu jeito de falar
O Nordeste é excelente
Tem um jeito diferente
Que a outro não se iguala
Alguém chato é Abusado
Se quebrou, Tá Enguiçado
É assim que a gente fala
Uma ferida é Pereba
Homem alto é Galalau
Ou então é Varapau
E coisa ruim é Peba
Cisco no olho é Argueiro
O sovina é Pirangueiro
Enguiçar é Dar o Prego
Fofoca aqui é Fuxico
Desistir é Pedir Penico
Lugar longe é Caxaprego
Ladainha é Lengalenga
E um estouro é Pipoco
Qualquer botão é Pitoco
E confusão é Arenga
Fantasma é Alma Penada
Uma conversa fiada
Por aqui é Leriado
Palavrão é Nome Feio
Agonia é Aperreio
E metido é Amostrado
O nosso palavreado
Não se pode ignorar
Pois ele é peculiar
É bonito, é Arretado
E é nosso dialeto
Sendo assim, está correto
Dizer que esperma é Gala
É feio pra muita gente
Mas não é incoerente
É assim que a gente fala
Você pode estranhar
Mas ele não tem defeito
Aqui bala é Confeito
Rir de alguém é Mangar
Mexer em algo é Bulir
Paquerar é Se Inxirir
E correr é Dar Carreira
Qualquer coisa torta é Troncha
Marca de pancada é Roncha
E a caxumba é Papeira
Longe é o Fim do Mundo
E garganta aqui é Goela
Veja que a língua é bela
E nessa língua eu vou fundo
Tentar muito é Pelejar
Apertar é Acochar
Homem rico é Estribado
Se for muito parecido
Diz-se Cagado e Cuspido
E uma fofoca é Babado
Desconfiado é Cabreiro
Travessura é Presepada
Uma cuspida é Goipada
Frente de casa é Terreiro
Dar volta é Arrudiar
Confessar, Desembuchar
Quem trai alguém, Apunhala
Distraído é Aluado
Quem está mal, Tá Lascado
É assim que a gente fala
Aqui valer é Vogar
E quem não paga é Xexeiro
Quem dá furo é Fuleiro
E parir é Descansar
Um rastro é Pisunhada
A buchuda é Amojada
E pão-duro é Amarrado
Verme no bucho é Lombriga
Com raiva Tá Com a Bixiga
E com medo é Acuado
Tocar em algo é Triscar
O último é Derradeiro
E para trocar dinheiro
Nós falamos Destrocar
Tudo que é bom é Massa
O Policial é Praça
Pessoa esperta é Danada
Vitamina dá Sustança
A barriga aqui é Pança
E porrada é Cipoada
Alguém sortudo é Cagado
Capotagem é Cangapé
O mendigo é Esmolé
Quem tem pressa é Avexado
A sandália é Percata
Uma correia, Arriata
Sem ter filho é Gala Rala
O cascudo é Cocorote
E o folgado é Folote
É assim que a gente fala
Perdeu a cor é Bufento
Se alguém dá liberdade
Pra entrar na intimidade
Dizemos Dar Cabimento
Varrer aqui é Barrer
Se a calcinha aparecer
Mostra a Polpa da Bunda
Mulher feia é Canhão
Neco é pra negação
Nas costas, é na Cacunda
Palhaçada é Marmota
Tá doido é Tá Variando
Mas a gente conversando
Fala assim e nem nota
Cabra chato é Cabuloso
Insistente é Pegajoso
Remédio aqui é Meisinha
Chateado é Emburrado
E quando tá Invocado
Dizemos Tá Com a Murrinha
Não concordo, é Pois Sim
Tô às ordens é Pois Não
Beco ao lado é Oitão
A corrente é Trancilim
Ou Volta, sem o pingente
Uma surpresa é, Oxente!
Quem abre o olho Arregala
Vou Chegando, é pra sair
Torcer o pé, Desmintir
É assim que a gente fala
A cachaça é Meropéia
Tá triste é Acabrunhado
O bobo é Apombalhado
Sem qualidade é Borréia
A árvore é Pé de Pau
Caprichar é Dar o Grau
Mercado é Venda ou Bodega
Quem olha tá Espiando
Ou então, Tá Curiando
E quem namora Chumbrega
Coceira na pele é Xanha
E molho de carne é Graxa
Uma pelada é um Racha
Onde se perde ou se ganha
Defecar se chama Obrar
Ou simplesmente Cagar
Sem juízo é Abilolado
Ou tem o Miolo Mole
Sanfona também é Fole
E com raiva é Infezado
Estilingue é Balieira
Uma prostituta é Quenga
Cabra medroso é Molenga
Um baba ovo é Chaleira
Opinar é Dar Pitaco
Axila é Suvaco
E cabra ruim é Mala
Atrás da nuca é Cangote
Adolescente é Frangote
É assim que a gente fala
Lugar longe aqui é Brenha
Conversa besta, Arisia
Venha, ande, é Avia
Fofoca é também Resenha
O dado aqui é Bozó
Um grande amor é Xodó
Demorar muito é Custar
De pernas tortas é Zambeta
Morre, Bate a Caçuleta
Ficar cheirando é Fungar
A clavícula aqui é Pá
Um mal-estar é Gastura
Um vento bom é Frescura
Ali, se diz, Acolá
Um sujeito inteligente
Muito feio ou valente
É o Cão Chupando Manga
Um companheiro é Pareia
Depende é Aí Vareia
Tic nervoso é Munganga
Colar prova é Filar
Brigar é Sair no Braço
Nosso lombo é Ispinhaço
Faltar aula é Gazear
Quem fala alto ou grita
Pra gente aqui é Gasguita
Quem faz pacote, Embala
Enrugado é Ingilhado
Com dor no corpo, Ingembrado
É assim que a gente fala
Um afago é Alisado
Um monte de gente é Ruma
Pra perguntar como, é Cuma
E bicho gordo é Cevado
A calça curta é Coronha
Um cabra leso é Pamonha
E manha aqui é Pantim
Coisa velha é Cacareco
O copo aqui é Caneco
E coisa pouca é Tiquim
Mulher desqualificada
Chamamos de Lambisgóia
Tudo que sobra, é Bóia
E muita gente é Cambada
O nariz aqui é Venta
A polenta é Quarenta
Mandar correr é Acunha
Ter um azar é Quizila
A bola de gude é Bila
Sofrer de amor, Roer Unha
Aprendi desde pivete
Que homem franzino é Xôxo
Quem é medroso é um Frouxo
E comprimido é Cachete
Sujeira em olho é Remela
Quem não tem dente é Banguela
Quem fala muito e não cala
Aqui se chama Matraca
Cheiro de suor, Inhaca
É assim que a gente fala
Pra dizer ponto final
A gente só diz: E Priu
Pra chamar é Dando Siu
Sem falar, Fica de Mal
Separar é Apartá
Desviar é Ataiá
E pra desmentir é Nego
Quem está desnorteado
Aqui se diz Ariado
E complicado é Nó Cego
Coisa fácil é Fichinha
Dose de cana é Lapada
Empurrão é Dá Peitada
E o banheiro é Casinha
Tudo pequeno é Cotoco
Vigi! Quer dizer, por pouco
Desde o tempo da senzala
Nessa terra nordestina
Seu menino, essa menina!
É assim que a gente fala.
Ismael Gaião da Costa
Espinheta Paixão
Dois pés de mandacarus
Em uma vereda se via.
Ali cresceram juntinhos
É assim que se noticia.
Não sei se é bem verdade,
Ou lenda que o povo cria.
O povo que passa por lá,
Fazendo sua romaria,
Diz que um, é o tal João,
O outro, é a bela Maria,
Filha de um fazendeiro
Que o namoro não queria.
Ela uma moça bonita!
João um bonito rapaz...
Que fora abatido a tiros,
Pelas mãos de um capataz.
A mando do fazendeiro,
Que nada entendia de paz.
Maria ficou desesperada,
Com a morte de sua paixão,
De posse de um punhal
Sangrou o seu coração,
E caiu em cima do moço,
Que estava morto no chão.
O velho pai desesperado
Acabou por enlouquecer.
Vendo sua filha única
Daquele modo morrer,
E teve ali o seu castigo
Porque fez por merecer.
Pouco tempo depois
Nascia naquele lugar.
Um par de mandacarus
Frente a frente a namorar.
Marco da velha história
Que eu acabo de contar.
Dalinha Catunda
Em uma vereda se via.
Ali cresceram juntinhos
É assim que se noticia.
Não sei se é bem verdade,
Ou lenda que o povo cria.
O povo que passa por lá,
Fazendo sua romaria,
Diz que um, é o tal João,
O outro, é a bela Maria,
Filha de um fazendeiro
Que o namoro não queria.
Ela uma moça bonita!
João um bonito rapaz...
Que fora abatido a tiros,
Pelas mãos de um capataz.
A mando do fazendeiro,
Que nada entendia de paz.
Maria ficou desesperada,
Com a morte de sua paixão,
De posse de um punhal
Sangrou o seu coração,
E caiu em cima do moço,
Que estava morto no chão.
O velho pai desesperado
Acabou por enlouquecer.
Vendo sua filha única
Daquele modo morrer,
E teve ali o seu castigo
Porque fez por merecer.
Pouco tempo depois
Nascia naquele lugar.
Um par de mandacarus
Frente a frente a namorar.
Marco da velha história
Que eu acabo de contar.
Dalinha Catunda
Ai se sesse
Disseram para o poeta Zé da Luz que pra falar de amor, era necessário uma português correto e tal.
E aí ele escreveu essa poesia:
Se um dia nois se gostasse
Se um dia nois se queresse
Se nois dois se empareasse
Se juntim nois dois vivesse
Se juntim nois dois morasse
Se juntim nois dois drumisse
Se juntim nois dois morresse
Se pro céu nois assubisse
Mas porém acontecesse
De São Pedro não abrisse
A porta do céu e fosse
Te dizer qualquer tulice
E se eu me arriminasse
E tu cum eu insistisse
Pra que eu me arresolvesse
E a minha faca puxasse
E o bucho do céu furasse
Tarvês que nois dois ficasse
Tarvês que nois dois caisse
E o céu furado arriasse
E as virgi toda fugisse
Autor: Poeta Zé da Luz
E aí ele escreveu essa poesia:
Se um dia nois se gostasse
Se um dia nois se queresse
Se nois dois se empareasse
Se juntim nois dois vivesse
Se juntim nois dois morasse
Se juntim nois dois drumisse
Se juntim nois dois morresse
Se pro céu nois assubisse
Mas porém acontecesse
De São Pedro não abrisse
A porta do céu e fosse
Te dizer qualquer tulice
E se eu me arriminasse
E tu cum eu insistisse
Pra que eu me arresolvesse
E a minha faca puxasse
E o bucho do céu furasse
Tarvês que nois dois ficasse
Tarvês que nois dois caisse
E o céu furado arriasse
E as virgi toda fugisse
Autor: Poeta Zé da Luz
TE AMO TANTO
TE AMO TANTO
QUE NÃO SEI QUANDO
VOU PARAR DE SOFRER
ÉS MINHA VIDA
A MINH’ÁLMA PERDIDA
SÓ ENCONTRO EM VOCÊ
NÃO SEI O QUE VAI SER DE MIM
SE UM DIA EU TE PERDER
QUE A MINHA VIDA ASSIM
MÃO É NADA SEM VOCÊ
O TEMPO PARECE NÃO PASSAR
EM TUDO QUE VEJO SÓ LEMBRA VOCÊ
SEJA ONDE FOR EM QUALQUER LUGAR
TÁ IMPOSSIVEL É TE ESQUECER
MEU MUNDO ESTÁ TÃO PERDIDO
SEM VOCÊ AQUI PERTO DE MIM
MEU CORAÇÃO TÁ QUEBRADO PARTIDO
E JÁ ESTÁ CHEGANDO AO FIM
Autor: Lucimario Almeida
QUE NÃO SEI QUANDO
VOU PARAR DE SOFRER
ÉS MINHA VIDA
A MINH’ÁLMA PERDIDA
SÓ ENCONTRO EM VOCÊ
NÃO SEI O QUE VAI SER DE MIM
SE UM DIA EU TE PERDER
QUE A MINHA VIDA ASSIM
MÃO É NADA SEM VOCÊ
O TEMPO PARECE NÃO PASSAR
EM TUDO QUE VEJO SÓ LEMBRA VOCÊ
SEJA ONDE FOR EM QUALQUER LUGAR
TÁ IMPOSSIVEL É TE ESQUECER
MEU MUNDO ESTÁ TÃO PERDIDO
SEM VOCÊ AQUI PERTO DE MIM
MEU CORAÇÃO TÁ QUEBRADO PARTIDO
E JÁ ESTÁ CHEGANDO AO FIM
Autor: Lucimario Almeida
Saudade é chorar sorrindo com o coração chorando
A saudade é sentimento
Que amarga e dar prazer
Mas faz parte do viver
Do amor é o fermento
Se é parte do tormento
Ver as lágrimas derramando
Mesmo triste vou cantando
Não posso ficar fingindo
Saudade é chorar sorrindo
Com o coração chorando.
Quem não ama não conhece
Da saudade o sofrimento
Não viveu este momento
Na noite quando anoitece
Que o coração padece
E as lágrimas derramando
Não dorme fica pensando
E no peito a dor sentindo
Saudade é chorar sorrindo
Com o coração chorando.
Anizio
Que amarga e dar prazer
Mas faz parte do viver
Do amor é o fermento
Se é parte do tormento
Ver as lágrimas derramando
Mesmo triste vou cantando
Não posso ficar fingindo
Saudade é chorar sorrindo
Com o coração chorando.
Quem não ama não conhece
Da saudade o sofrimento
Não viveu este momento
Na noite quando anoitece
Que o coração padece
E as lágrimas derramando
Não dorme fica pensando
E no peito a dor sentindo
Saudade é chorar sorrindo
Com o coração chorando.
Anizio
Julieta
Brilho de Vênus, ilusões douradas
Alma que chora, que sorri e canta
Nécta formado pela sombra santa
Das brancas franjas das manhãs nevadas
Flor das flores que nas madrugadas
Os jardins da vida sua essência encanta
Celeste lírio, genuína planta
Serena bruma do País das Fadas
Em teu rosto, angelical criança
Existe algo de uma esperança
Que Deus envia lá do céu sorrindo
A criatura que te ouvir falar
O espírito pede para contemplar
A graça pura de teu rosto lindo
João Batista de Siqueira - Cancão
Alma que chora, que sorri e canta
Nécta formado pela sombra santa
Das brancas franjas das manhãs nevadas
Flor das flores que nas madrugadas
Os jardins da vida sua essência encanta
Celeste lírio, genuína planta
Serena bruma do País das Fadas
Em teu rosto, angelical criança
Existe algo de uma esperança
Que Deus envia lá do céu sorrindo
A criatura que te ouvir falar
O espírito pede para contemplar
A graça pura de teu rosto lindo
João Batista de Siqueira - Cancão
Alma Gêmea
Duas almas bem unidas
São duas gotas de orvalho
São duas rosas num galho
Das brisas favorecidas
São duas plantas erguidas
No campo das ilusões
Duas imaginações
Que numa só senda trilham
Duas auroras que brilham
No céu de dois corações.
João Batista de Siqueira - Cancão
São duas gotas de orvalho
São duas rosas num galho
Das brisas favorecidas
São duas plantas erguidas
No campo das ilusões
Duas imaginações
Que numa só senda trilham
Duas auroras que brilham
No céu de dois corações.
João Batista de Siqueira - Cancão
quinta-feira, 2 de junho de 2011
SONETO EU SOU
MODERNO COM ALEGRIA
ESTUDANTE INTELIGENTE
UM ETERNO CONCIENTE
NO MUNDO DA MELODIA
O MELHO VERSO DO DIA
MENININHO COMPETENTE
E MAIORAL DO REPENTE
É RIMA E TEM POESIA
NO MOMENTO QUE EU CANTO
ISTO TUDO CAUSA ESPANTO
LINDO BEM DESENVOLVIDO
TALENTOSO APAIXONADO
O POVO GRITA DE LADO
NUNCA SERAIS ESQUECIDO
Autor: José Nilton (Poeta Divino) 30 de agosto de 2010 São José do Egito – PE
ESTUDANTE INTELIGENTE
UM ETERNO CONCIENTE
NO MUNDO DA MELODIA
O MELHO VERSO DO DIA
MENININHO COMPETENTE
E MAIORAL DO REPENTE
É RIMA E TEM POESIA
NO MOMENTO QUE EU CANTO
ISTO TUDO CAUSA ESPANTO
LINDO BEM DESENVOLVIDO
TALENTOSO APAIXONADO
O POVO GRITA DE LADO
NUNCA SERAIS ESQUECIDO
Autor: José Nilton (Poeta Divino) 30 de agosto de 2010 São José do Egito – PE
SONETO VOCÊ
SEU SORRISO TÃO MEIGO É ENVOLVENTE
ENVOLVE-ME COM TANTA VALENTIA
É POR ISSO QUE PENSO TODO DIA
NO SEU JEITO TÃO DOCE E ATRAENTE
A PAIXÃO QUE EU SINTO É PERMANENTE
PORQUE EU SEM VOCÊ PERCO A MAGIA
EU TE DIGO SEM TE NADA SERIA
POIS ÉS TU QUE ME DEIXA ALEGREMENTE
ÉS SINCERA ÉS RARA E É BELDADE
É A MOÇA MAIS LINDA DA CIDADE
SEU OLHAR É SINCERO E É FACEIRO
SUA BELEZA É UM VICIO QUE NÃO FINDA
É DE LINDA A PESSOA QUE É MAIS LINDA
É DE CHEIRO O PERFUME DE MAIS CHEIRO
Autor: José Nilton (Poeta Divino) 9 de setembro de 2010 São José do Egito – PE
ENVOLVE-ME COM TANTA VALENTIA
É POR ISSO QUE PENSO TODO DIA
NO SEU JEITO TÃO DOCE E ATRAENTE
A PAIXÃO QUE EU SINTO É PERMANENTE
PORQUE EU SEM VOCÊ PERCO A MAGIA
EU TE DIGO SEM TE NADA SERIA
POIS ÉS TU QUE ME DEIXA ALEGREMENTE
ÉS SINCERA ÉS RARA E É BELDADE
É A MOÇA MAIS LINDA DA CIDADE
SEU OLHAR É SINCERO E É FACEIRO
SUA BELEZA É UM VICIO QUE NÃO FINDA
É DE LINDA A PESSOA QUE É MAIS LINDA
É DE CHEIRO O PERFUME DE MAIS CHEIRO
Autor: José Nilton (Poeta Divino) 9 de setembro de 2010 São José do Egito – PE
SONETO MAMÃE
JÁ FIZESTE POR MIM TANTA BONDADE
QUE NÃO SEI SE EU IREI RETRIBUIR
NESTE MUNDO NÃO HÁ COMO INSISTIR
UM ALGUÉM TENDO TANTA LEALDADE
SEU CARINHO É SUBLIME DE VERDADE
EU SOU FILHO E POSSO ADMITIR
ELA DIZ SORRIREI SE TU SORRIR
SOU FELIZ SE TIVER FELICIDADE
MAMÃE ÉS UMA FLOR QUE DESABROCHA
TU ÉS FORTE IGUALMENTE A UMA ROCHA
MAMÃE SOIS A RAZÃO DE MINHA VIDA
NESTE SIMPLES SONETO DEIXO ESCRITO
O AMOR QUE EU SINTO É INFINITO
ISSO FIZ PRA VOCÊ MAMÃE QUERIDA
Autor: José Nilton (Poeta Divino) 1 de setembro de 2010 São José do Egito – PE
QUE NÃO SEI SE EU IREI RETRIBUIR
NESTE MUNDO NÃO HÁ COMO INSISTIR
UM ALGUÉM TENDO TANTA LEALDADE
SEU CARINHO É SUBLIME DE VERDADE
EU SOU FILHO E POSSO ADMITIR
ELA DIZ SORRIREI SE TU SORRIR
SOU FELIZ SE TIVER FELICIDADE
MAMÃE ÉS UMA FLOR QUE DESABROCHA
TU ÉS FORTE IGUALMENTE A UMA ROCHA
MAMÃE SOIS A RAZÃO DE MINHA VIDA
NESTE SIMPLES SONETO DEIXO ESCRITO
O AMOR QUE EU SINTO É INFINITO
ISSO FIZ PRA VOCÊ MAMÃE QUERIDA
Autor: José Nilton (Poeta Divino) 1 de setembro de 2010 São José do Egito – PE
SONETO PAPAI
POR SER HOMEM DE HONRA E DE CONDUTA
SE ERROU FOI TENTANDO SER PERFEITO
ENSINOU MEUS IRMÃOS DO MESMO JEITO
OS MOSTRANDO AQUI COMO SE LUTA
MEUS IRMÃOS QUASE SEMPRE O ESCUTA
ME ORGULHO FAZER ESTE CONCEITO
ESTE HEROI QUE EU FALO É SEM DEFEITO
SUA HISTÓRIA É QUASE ABSOLUTA
UMA COPIA DE TE NUNCA SEREI
POIS DOS MESTRES DOS MESTRES FOSTE REI
TU ÉS PAPAI A LUZ QUE TEM MAIS BRILHO
E MEU VERSO SE TORNA CRISTALINO
ACOMPANHO-LHE PAPAI DESDE MENINO
AGRADEÇO A VOCÊ POR SER SEU FILHO
Autor: José Nilton (Poeta Divino) 30 de agosto de 2010 São José do Egito -PE
SE ERROU FOI TENTANDO SER PERFEITO
ENSINOU MEUS IRMÃOS DO MESMO JEITO
OS MOSTRANDO AQUI COMO SE LUTA
MEUS IRMÃOS QUASE SEMPRE O ESCUTA
ME ORGULHO FAZER ESTE CONCEITO
ESTE HEROI QUE EU FALO É SEM DEFEITO
SUA HISTÓRIA É QUASE ABSOLUTA
UMA COPIA DE TE NUNCA SEREI
POIS DOS MESTRES DOS MESTRES FOSTE REI
TU ÉS PAPAI A LUZ QUE TEM MAIS BRILHO
E MEU VERSO SE TORNA CRISTALINO
ACOMPANHO-LHE PAPAI DESDE MENINO
AGRADEÇO A VOCÊ POR SER SEU FILHO
Autor: José Nilton (Poeta Divino) 30 de agosto de 2010 São José do Egito -PE
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