sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

QUATRO LETRAS ( a,m,o, r.)

Quatro letras se juntam conversando
E falando de se, o tempo inteiro.
A primeira falou, aventureiro.
Eu sou “A” estou sempre Apreciando

A segunda já foi se animando
E dizendo sou “M” Mensageiro
A terceira falou muito ligeiro
Eu sou “O” já estou Organizando

E a quarta falou, eu sou Real.
Eu sou “R” Razão, sou Radical,
Igual todas também tenho valor

E ficaram as quatro a comentarem
Decidiram as quatro se juntarem,
Para juntas fazer o nome AMOR.


Soneto inspirado em um soneto de Dede
monteiro...quatro velas..

Autor:José Nilton (poeta divino)
São José do Egito PE (06/01/2012)

“QUEM QUISER SABER MAIS DO NOSSO AMOR, SINTA O CHEIRO DA NOSSA POESIA”.

HÁ UM SURTO DE REALIZAÇÃO
ESPALHADO POR ONDAS, SEM SER BRISA
TODA VEZ QUE A SAUDADE POLINIZA
A FRAGRÂNCIA DA NOSSA INSPIRAÇÃO
HÁ SEGREDOS DO NOSSO CORAÇÃO
QUE SE LANÇAM DA NOITE PARA O DIA
PORQUE NOSSO JARDIM DE FANTASIA
BROTA VERSO E TRANSFORMA RIMA EM FLOR
“QUEM QUISER SABER MAIS DO NOSSO AMOR
SINTA O CHEIRO DA NOSSA POESIA”.

ZÉ ADALBERTO - 15.01.2012.
Enviado por Lucivania Bernardo – Itapetim-PE

QUESTÃO DE SOBREVIVÊNCIA

Todo dia a gente enfrenta
Uma concorrência séria
Numa rotina exaustiva
Terrena, aquática ou aérea
Até o dia que a alma
Se separar da matéria.

Por aliança no dedo
Pra carregar uma jura
Que muitas vezes é feita
Num momento de loucura
Atirando um sentimento
Pra ver se a sorte segura.

Fragmentos da Sextilha – QUESTÃO DE SOBREVIVÊNCIA – do CD: “Edmilson Ferreira e Antônio Lisboa” cantam Zé Adalberto”, lançado em maio/2011.
Enviado por Lucivania Bernardo – Itapetim-PE

GRITO DE DEUS

A CASCATA NÃO CANTA IGUAL À GENTE
MAS CHUVENDO ELA VIRA UIRAPURU
E O PEDAÇO DE PAU DE MULUNGU
DE CARONA VIAJA NA ENCHENTE
A BORRACHA DA CHUVA LENTAMENTE
SOBRE AS PÁGINAS DO CHÃO VAI SE ESFREGANDO
POR CAPRICHO, ONDE PASSA É APAGANDO
A HISTÓRIA QUE A SECA HAVIA ESCRITO
QUANDO OUÇO O TROVÃO NO INFINITO
IMAGINO SER DEUS QUE ESTÁ GRITANDO.

SEM CANETA O RELÂMPAGO FAZ UM “S”
LUMINOSO E NO MESMO INSTANTE APAGA
O CACHIMBO DA SERRA QUANDO “TRAGA”
DE MANHÃ, DE REPENTE A CHUVA DESCE
O TROVÃO QUANDO ESTRONDA ATÉ PARECE
QUE UM PEDAÇO DO CÉU VEM DESPENCANDO
VÁRIAS TORRES DE VÉU VÃO SE FORMANDO
PARECENDO AS PIRÂMIDES DO EGITO
QUANDO OUÇO O TROVÃO NO INFINITO
IMAGINO SER DEUS QUE ESTÁ GRITANDO.

ZÉ ADALBERTO – 18/01/2012.
Enviado por Lucivania Bernardo – Itapetim-PE

VOLUNTÁRIOS DE CRISTO.

Martin King deixou diversos feitos
No início da década de setenta
Apagando uma história violenta
Implantando igualdade de direitos
Reprimiu a ação dos maus preceitos
Condenou o contraste social
Reuniu em seu grupo fraternal
Branco, negro, civil, cônscio e bisonho
Seu famoso discurso: “Eu tenho um Sonho”
Virou símbolo da paz universal.

Hoje, Madre Teresa ainda está
Entre aqueles que mais ela ajudou
Sua alma, pro Céu, Deus a levou
Mas deixou seu exemplo em Calcutá
Serva assídua e fiel a Jeová
Mesmo quando escreveu em linhas tortas
Com a chave da fé abriu as portas
Da vontade do Reino de Jesus
Sem ser mãe biológica deu a luz
A milhares de vidas quase mortas.

Gandhi foi, com certeza, um instrumento
Em defesa da Índia e do seu povo
Tinha sempre na alma um plano novo
Como líder de um grande movimento.
Fez da não-violência um mandamento
No combate às discórdias sociais
Viveu entre duas guerras mundiais
Mas seu grito, por paz, correu às ruas
Viu-se o Ganges levar as cinzas suas
Mas não pôde levar seus ideais.

Sem Dom Hélder, Recife e Fortaleza
São iguais ao sertão quando não chove
Ou à nuvem vazia que se move
Sem poder borrifar a natureza.
Defensor incansável da pobreza
Na missão da Igreja Progressista
Pra Jesus, ele foi uma conquista
Para o mundo, ele foi uma vitória
Quem quiser imitar a sua história
Pegue a sua “batina” honrosa e vista.

Zé Adalberto – “No Caroço do Juá”.
Enviado por Lucivania Bernardo – Itapetim-PE

A SAUDADE e a DISTÂNCIA

A saudade não briga, mas provoca
A distância não corta, mas machuca
A saudade não fura, mas cutuca
A distância não mata, mas sufoca
A saudade é a música que mais toca
Na vitrola do nosso pensamento
A distância é parede sem cimento
Mas não cai com trovão nem ventania
“A distância não mata, só judia
A saudade provoca o sofrimento”.

Zé Adalberto
Enviado por Lucivania Bernardo – Itapetim - PE

PETIÇÃO DE UM FETO

Não pedi ao mundo nem roguei ao Céu
Para ser gerado, mas fui sem pedir
Grito pela vida, mas é em silêncio
Corro um grande risco de ninguém me ouvir.
Eu sou a semente que caiu na cova
De uma relação sem razão de ser
Sem chuva de amor a vida não brota
Seca e apodrece antes de nascer.

O ventre que ocupo tem nojo de mim
Quem me lançou nele só fala de aborto
Sem autodefesa, exposto e com medo
Tenho a impressão que estou vivendo morto.
Sou o resultado de um sentimento
Que concretizou-se, mas foi por acaso
Advindo apenas de uma atração física
Cuja validade não continha prazo.

Mãe, eu lhe asseguro transformar seu corpo
Sem danificar a sua beleza
Livrá-la do fluxo por um bom período
E tornar mais romântica a sua natureza.
Pai, eu lhe prometo ser seu grande amigo
E não lhe dar desgosto de maneira alguma
Em troca, eu lhe peço que me reconheça
Dê-me um sobrenome e, por favor, me assuma.

Tentar esconder-me da sociedade
Pra poupar a honra de um falso regime
É uma barbárie tão pecaminosa
Que Deus fecha os olhos pra não ver o crime.
Já que a maior celebração da vida
De todos os tempos é o nascimento
Aguardo e confio que seja possível
Ser presenteado por esse momento.

Em nome de Deus e da santa inocência
Não corte as raízes da minha existência!

Zé Adalberto
Enviado por Lucivania Bernardo – Itapetim - PE

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Ultimo suspiro de decepção

Depois de esperanças cultivadas
De esperar no presente pelo futuro
Eu já não me sinto mais seguro
Minhas forças já foram dizimadas
Já não tenho certeza de mais nada
Nessa vida que já não tenho mais
O presente que já ficou pra trás
E o futuro que nem se quer chegou
Nem resquício do passado me restou
E até as poucas esperanças jaz

Vivi uma vida como se não fosse morrer
Mas morri como se não tivesse vivido
Curvei-me num recanto do sentido
E o silencio da dor a me envolver
Procurei isso tudo entender
E entendendo não tive explicação
Só o lamento da dor do coração
Que hora oscilava dentro do peito
E eu na UTI do amor sobre um leito
Dei o ultimo suspiro de decepção.

Lucimario Almeida

Vou sorri, pois eu tenho o meu valor.

No meu peito a saudade dói inflama
Já não sinto alegria em viver
Já não há um motivo pra querer
A pessoa que diz que não me ama
E agora uma lagrima se derrama
Por ferir o meu peito grande dor
Decidi não chorar mais por amor
Pois mereço viver feliz a vida
No meu ser uma dor se cicatriza
Vou sorri, pois eu tenho o meu valor.

De sua amiga Paula Daniela