Quando o machado feroz
Extermina a baraúna
Mata também a graúna
Que cala triste sem voz
A espécie do aveloz
Já foi metade arrancada
E está sendo dizimada
Vítima da mão assassina
A caatinga nordestina
Precisa ser preservada
A ganância compulsiva
Aniquila a nossa flora
E o nosso bioma chora
Sem nenhuma alternativa
Canta triste a patativa
Emudecendo a toada
Numa aroeira queimada
Chora um galo de campina
A caatinga nordestina
Precisa ser preservada
Se a mata for destruída
Falta a flor pra jandaíra
Falta o néctar pra cupira
Pro bicho não tem comida
Azulão não tem guarida
Bate logo em revoada
A catingueira cortada
Bota lágrimas de resina
A caatinga nordestina
Precisa ser preservada
Lamentar é o que nos resta
Perante todo o extermínio
E o homem segue o fascínio
De destruir a floresta
A natureza contesta
Cada planta incendiada
Cada imburana ceifada
Cada galho que declina
A caatinga nordestina
Precisa ser preservada.
Autor: Poeta Hélio Crisanto
Fonte: Blog Poeta Léo Medeiros
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