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Do Poeta Dedé Monteiro
Os sinos tocam contentes
Aí Papai Noel sai
Distribuindo presentes
Como se fosse outro pai
Durante essa missão sua
Sobe rua desce rua
Sobe morro, morro desce,
Palmilha todo terreno
Só meu casebre pequeno
Papai Noel não conhece.
É porque eu não conheço
Onde Papai Noel mora
Senão o meu endereço
Eu ia enviar-lhe agora
Escrevo um bilhetinho
Conto bem direitinho
Onde fica meu chalé
Se dizem que ele adivinha
Porque só minha casinha
Ele não sabe onde é?
Quer saber o que se dava
Se papai fosse um ricaço?
Papai Noel não errava
As grades do meu terraço
Rondava a casa por fora
Entrava fora de hora
Pela chaminé descia
E em silêncio sorrindo
Deixava um presente lindo
Pegava o saco e saía.
Chaminé muito enfeitada
Minha palhoça não tem
Mas duma lata amassada
Papai fez uma também
Mas se o senhor entender
Que ela não vai lhe caber
Eu deixo aberta a janela
E se o senhor se cansar
Achar que não deve entrar
Jogue o presente por ela
Reclamando desse jeito
Posso até estar errado
Pois meu mucambo foi feito
Num lugar muito atrasado.
Será que Papai Noel não passa
Porque não tem luz nem praça
Nem parque de diversão?
Esse Papai Noel nobre
Não liga menino pobre
Que vive de pé no chão
Meu papai que é mais humano
Este ano me falou
Se Deus quiser para o ano
O seu presente eu mesmo dou
Papai é homem de fato
Não é papai de boato
Como esse Noel que atrasa
Meu papai é tão fiel
Que não há Papai Noel
Como o que tenho em casa.
A poesia está um pouco dufedifer da original.
ResponderExcluirPoema de Dedé Monteiro, Patrimônio Vivo de Pernambuco.
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