Imagem Arquivo Pessoal - Ao Amor da Minha Vida DAIZA Minha Jóia Rara
Eu, garimpando um amor
Pra enricar meu coração,
Vi a jóia de valor
Nas jazida do Sertão.
E eu peguei ela pra mim
Porque jóia rara assim,
Qualquer um sonha em ter dela,
Pois se for oiá dereito,
Ela é tão rara de um jeito,
Que existe somente ela.
Essa jóia é
deferente
Das jóia do mundo intêro.
Ela é gente e sendo gente,
Pra comprar, não hai dinhêro.
Minha jóia é meu benzinho
Que me enrica de carinho
Quando agente se namora...
Jóia pura e dilicada,
Não essas jóia banhada,
Que é bonita só pui fora!
Deus que fez e eu
achei,
Pense numa sorte a minha.
E a danada ainda vêi
Toda lapidadazinha:
Honesta, séria, educada,
Cabôca toda prendada,
Era tudo o que eu queria.
Jóia rara, meiga e bela.
Me perdoe, mas perto dela
As ôta é bijuteria.
Os seus ói é dois
diamante,
Os Seus pelo é cor de ôro,
Seu sorriso é de briante.
É ou num é um tesôro?
Sua pele é seda pura...
Hai no mundo ôta figura
Tão foimosa quanto aquela?
Num hai, que eu tenho certeza.
Acho inté que a natureza
Se empoigou pra fazer ela!
Irmeralda,
Tuimalina,
Rubi, opala, briante,
Tapázio, ôro, pratina,
Ametista e diamante,
Tudo tenta arremedar
O seu jeitim de briar...
Tenta, mas num arremeda!
E pra mim, essas riqueza,
Pertim de sua beleza,
É tudo chêcho de péda!
Seu brio chega
infeitiça
Os marmanjo de prantão.
Causando muita cubiça
Nos desejo dos ladrão,
Mas pra tirar ela d’eu,
Sei que ainda num nasceu,
Quem cruze no meu caminho...
Que eu não sou besta e nem nada
E guardo ela bem guardada
No meu cofre de Carinho!
O seu valor eu nem
sei
Se acaso eu some
hai um fim...
Também nem me interessei,
Que eu tando vivendo assim,
Feliz cuma tô vivendo,
Num dou, num troco e nem vendo
Essa jóia de valor.
Quero ela desse jeito:
Na poupança do meu peito
Rendendo juros de amor.
Pra quem bota má
oiado,
Querendo a jóia que eu tem,
Procure bem procurado,
Que encontra alguma também,
Mas iguá, iguá, jamais,
Pois no mundo num tem mais
Jóia da merma aparença,
Mas se achar mêi parecida,
Dê de torna a sua vida,
Que eu garanto que compensa!
Vinícius Gregório
Fonte: Blog Léo Medeiros - Poeta Popular
Ela é gente e sendo gente,
Pra comprar, não hai dinhêro.
Minha jóia é meu benzinho
Que me enrica de carinho
Quando agente se namora...
Jóia pura e dilicada,
Não essas jóia banhada,
Que é bonita só pui fora!
Pense numa sorte a minha.
E a danada ainda vêi
Toda lapidadazinha:
Honesta, séria, educada,
Cabôca toda prendada,
Era tudo o que eu queria.
Jóia rara, meiga e bela.
Me perdoe, mas perto dela
As ôta é bijuteria.
Os Seus pelo é cor de ôro,
Seu sorriso é de briante.
É ou num é um tesôro?
Sua pele é seda pura...
Hai no mundo ôta figura
Tão foimosa quanto aquela?
Num hai, que eu tenho certeza.
Acho inté que a natureza
Se empoigou pra fazer ela!
Rubi, opala, briante,
Tapázio, ôro, pratina,
Ametista e diamante,
Tudo tenta arremedar
O seu jeitim de briar...
Tenta, mas num arremeda!
E pra mim, essas riqueza,
Pertim de sua beleza,
É tudo chêcho de péda!
Os marmanjo de prantão.
Causando muita cubiça
Nos desejo dos ladrão,
Mas pra tirar ela d’eu,
Sei que ainda num nasceu,
Quem cruze no meu caminho...
Que eu não sou besta e nem nada
E guardo ela bem guardada
No meu cofre de Carinho!
Também nem me interessei,
Que eu tando vivendo assim,
Feliz cuma tô vivendo,
Num dou, num troco e nem vendo
Essa jóia de valor.
Quero ela desse jeito:
Na poupança do meu peito
Rendendo juros de amor.
Querendo a jóia que eu tem,
Procure bem procurado,
Que encontra alguma também,
Mas iguá, iguá, jamais,
Pois no mundo num tem mais
Jóia da merma aparença,
Mas se achar mêi parecida,
Dê de torna a sua vida,
Que eu garanto que compensa!
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