quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Pernambuco: Terra das abelhas indígenas

Existe um lugar com diversas abelhas
E esse lugar é Pernambuco
Você pode até me questionar
Ou dizer que sou maluco
Não sou lelé da cuca
Nem tão pouco sou caduco

Então vou lhe provar agora
Que do litoral ao sertão
Existe uma grande variedade de abelhas
Coloridas ou pretas, sociais ou não
Da zona da mata ao agreste
Pernambuco em toda sua extensão

Conhecidas dos índios
Amigas dos caboclos do mato
O seu mel é bom
E isso é um fato
Voam em toda flor
Da aroeira à unha de gato

Vou só te dar uma idéia
De tanta abelha que tem
São muitas mesmo
Se duvidar é mais de cem
Muitas espécies de abelhas
Pense numa história do trem!

Abelhas bem miúdas
Escondidas por aí
São bastante sociais
São o breu, a abelha branca e o jatí
Com mel medicinal
Pra muitas doenças vai servir

Sendo preto, grande ou pequeno
Existe também alaranjado mangangá
Vai na flor da canafístula
Mas adora a flor do maracujá
E das flores amarelas
Leva muito é saburá

Eu posso falar de mais algumas
Brabo, canudo ou manso e mundurí
Mandaçaia, cupira e irapuá
Não vou mais repetir
Essas abelhas estão dando o que falar
Se não vamos ter que discutir

Mas essas que vou lhe apresentar
São o mirim e abelha-limão
Essa ultima ataca outras abelhas
Assim num dá não!
Ela pode servir pra alguma coisa
Mas pode fazer confusão

Pregando no olho de animais
Aparece a abelha remela
Remela de cachorro nome feio
Algum sujeito deu pra ela
Mas é verdade meu amigo
Dessa abelha preta e amarela

Nome mais feio ainda
Tenho até vergonha de falar
Mas é o que eu vou dizer
Eita nome de lascar
É a chamada cú-de-vaca
Faz a sua colméia no gravatá

Se for mexer com a próxima abelha
A pressa é a inimiga da perfeição
E se for tirar seu mel no mato
Não fale o nome dessa abelha não
E a abelha “vamos-embora”
Quem bebe seu mel vira cagão

Ser ferroado é ruim
Mas ser queimado é pior
Existem abelhas com arsenal químico
Queimando que nem potó
Agora o trio parada é dura
Tataíra, caga-fogo e sanharó

Abelhas do mundo subterrâneo
Vivendo como formigas
Em colméias de baixo da terra
Sempre evitando brigas
Produzindo o doce mel
Podendo ser nossas amigas

Vivendo no chão e de nome engraçado
Que lembra o nome cumbuca
Fazem um canudinho na terra
É a raríssima abelha mumbuca
Onde dentro de sua colméia
A vida é uma verdadeira muvuca

Rara como a mumbuca
Só a uruçu-da-terra ou do chão
Existente só na Chapada do Araripe
Nas quebradas do alto sertão
Nas fronteiras com Ceará
Por aquela região

Uma vez falei do mangangá
E agora falo de novo
Ela faz seu ninho num tronco
E lá põe um ovo
E um mangangá novo vai nascendo
E quando cresce faz medo ao povo

Das abelhas brasileiras
A mais conhecida é a uruçu
Boa produtora de mel
Há grandes criatórios em Igarassu
Seu mel bastante valorizado
É bem vendido na região sul

Pra não sair esquecendo delas
Temos as moças branca e as jandaíras
Junto com a mosquito e a jataí
São abelhas bastante conhecidas
Criadas há muito tempo
Com reputações merecidas

É pólen, é mel, é própolis,
Geléia real e polinização
Tudo isso em pró da colméia
A pequena e vasta nação
De insetos voadores pequeninos
Pernambucanas de coração

(Autor:Iran Jr)Naturalidade Recife-PE
(20/05/2009)

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