segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

HISTÓRIA DA FOTOGRAFIA

Uma placa de estanho foi usada
De betume de origem do petróleo
Na Judéia foi feito este tal óleo
Numa máquina grande inventada
A estampa por vez modelada
Com o tempo marcava a previsão
Peça plana ficava a exposição
Oito horas ou mais de luz solar
O processo que veio apresentar
Uma imagem com pouca expressão.

Foi Nièpce o tutor da criação
Que rumou a buscar litografia
O que hoje se ver fotografia
É o plano confuso da razão
De quem sempre anelou a perfeição
Dentre um quarto com câmara escura
Orifício era aberto a meia altura
Enquadrava seu alvo com a lente
Explodia um foco reluzente
No contraste inverso da figura

Este gênio mostrou desenvoltura
Grande “ÀS” no conceito da ciência
Seu trabalho rendeu a consistência
Se igualando à arte da pintura
Defendeu , trabalhou, teve postura
Detentor de um sistema organizado
Outros mestres seguiram seu legado
William Fox, também rumou na linha
No metal introduz sal de cozinha
Seu feito foi algo esperado.

Outro teste se deu por aprovado
Celulose era a base que faltava
Sais de prata, cloreto limitava
Mas o sódio rendeu bom resultado
O avanço era bem considerado
O processo chamou revelação
Entra luz completando a reação
Do nitrato fator indispensável
A imagem tornou-se incomparável
Foi criada a primeira emulsão.

No Brasil um francês faz produção
Se destaca com métodos ousados
Foi Florence dos mais determinados
Ao usar sua urina na porção
Aumentando seu poder de fixação
Qualidade em papel apresentou
O segredo mais tarde revelou
Foi o primeiro a usar esta grafia
Modo impresso chamou fotografia
Na história o seu nome consagrou.

Umidade na chapa combinou
Um sistema com nova alternativa
A mistura que fica corrosiva
Álcool, éter com nítrico somou
O colódio, algodão aglutinou
Impressão numa chapa diferente
A Albina do ovo faz presente
O inglês Frederik descobriu
Que a mistura homogenia reduziu
Pra segundos o campo reluzente.

Chapa seca mudou drasticamente
Instantânea foi sua reação
Gelatina compôs a emulsão
Cartilagem de osso transparente
Esta prática foi diferente
O sistema ganhou novo aliado
Foi o médico Richard apaixonado
Pela arte que outrora descobria
Encantou-se com a fotografia
Teve parte do tempo dedicado.

Com a máquina obscura do passado
Deu um passo pra grande descoberta
Quarto escuro uma fenda era aberta
Seu processo bem lento e complicado,
Nitidez foi o plano alcançado
Lambe-lambe a mais vitoriosa
Uma máquina grande bem vistosa
Era Daguerre mostrando seu talento
Registrava-se mais um grande invento
Preto e branco uma era glamourosa.

George Easman descobre a briosa
Sua fama espalhou-se mundo a fora
A kodak revela numa hora
Dando cores pra foto graciosa
Desde a forma mais simples de uma rosa
A relatos de estampa no jornal
Um avanço de cunho universal
Registrava paisagem colorida
O prazer, dissabores desta vida
Imprimiu de uma forma natura.

O cinema usou material
Que os gênios fotógrafos criaram
Os irmãos Lumiere completaram
Os avanços na câmara focal
A imagem ficou profissional
Outra arte surgia em grande tela
Se abria o talento outra janela
Vários nomes por muitos são lembrados
Os seus feitos tornaram consagrados
Neste século é lembrado por novela.

Cada foto nos mostra uma aquarela
É um passo a mais na descoberta
Bombardeio de pixel deixa certa
Digital é o mundo que se anela
Downloads com flash não cancela
O talento dos mestres do passado
Mas avisa que está ultrapassado
O sistema de filme de bobina
Não mais Leica, Kodak, Niponina
Megapixel, sistema utilizado.

Multi mídia, cartão ultra-avançado
Armazenam milhões de informações
Pequenina mas dentro dos padrões
Mede em giga o híbrido ligado
Fotografam com zoom manipulado
Captura com alta resolução
Cada toque um recurso em sua mão
PDAs para arquivos digitais
E a NET ganhou os virtuais
Com imagem bem próximo a perfeição.

A história da grande invenção
Que alguns chamam de Degerreotipia
Na verdade ela é fotografia
Descoberta brilhante da ação
Mentes sábias buscaram a reação
Manipulam testando a paciência
Elementos chegaram a consistência
A beleza podemos contemplar
Aplaudir, relatar e divulgar
A grandeza abstrata da ciência.
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Poema do poeta Alan Miraestes,São José do Egito - PE
Outubro de 2007.
Fonte:Blog de Everaldo Artes Fotograficas

2 comentários:

  1. Estamos com um projeto na escola Rogério Rego- Salvador -BA, gostamos muito dessa poesia e queremos ensaiá-la com nossos alunos para apresentação no dia da culminância. Será que é possível, daremos os créditos. Agradeço
    Estele

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  2. Maria É possível sim com certeza! é ótima essa poesia! fico feliz pela importância, pelo valor que está sendo dado a nossa poesia popular, e que isso está sendo repassado para os nossos alunos que são o futuro do nosso Pais. obrigado pela visita ao nosso Blog e visite sempre!

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