quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Poeta Ciro Filó

Cai a noite, se espalha um véu escuro
Inebria poetas e boêmios
Cada drink lhes servem como prêmios
Ofuscando seus traumas obscuros
Em ensaios poéticos prematuros
Se embriaga e pra lua de presente
Oferece o mais puro do repente
Entristece no fim dessa noitada
Todo dia o sol mata a madrugada
Toda tarde vai preso novamente
No silêncio noturno a vida para
Pra quem dorme qual bela adormecida
Pra quem curte essa noite é outra vida
E quem vive, noutro mundo se depara
Boemia hoje em dia é coisa rara
Mas o gozo é de um jeito diferente
Os sussurros que a noite trás pra gente
Travam tudo no fim dessa jornada
Todo dia o sol mata a madrugada
Toda tarde vai preso novamente
Todo dia o sol mata a madrugada
Assassino inconteste dos amantes
Aos poetas e loucos delirantes
Dá castigos no início da alvorada
Os viventes da noite em revoada
Se escondem cruzando o seu batente
Mas a tarde eles vibram de contente
Pela força da lei da natureza
O juiz pune o sol com tal firmeza
E toda tarde lhe prende novamente
Ciro Filó
Mote: Manoel Filó
Estrofes: Ciro Filó


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